Tudo depende de um acordo que poderá devolver ao Espírito Santo uma faixa de terra equivalente a 98 mil campos de futebol, hoje em poder da Bahia.
A região está localizada entre a atual divisa e o Rio Mucuri. Há duas décadas o Espírito Santo briga pela posse dessa terra. O embate é travado no Supremo Tribunal Federal (STF), que no ano passado decidiu que deve haver um acordo entre os Estados.
Quem visita o local entende o motivo da disputa. São 31 quilômetros de praias de encher os olhos, como a Costa Dourada, as praias Dois e do Gesuel. Todas depois de Itaúnas e Riacho Doce. Sem falar na mansidão do Rio Mucuri.
Para o interior, em direção a Minas Gerais, encontram-se plantações de eucalipto, canaviais, fazendas de gado e o que restou da Mata Atlântica.
Divisão
560,47 quilômetros quadrados - É a área que pode ficar para o Espírito Santo, segundo estudo do IBGE.
422,80 quilômetros quadrados - É a porção de terra que pode ser destinada à Bahia, a partir da BR 101.
Herança
5.735 pessoas - Moram na região que está sendo disputada pela Bahia e Espírito Santo.
10,2 quilômetros - É o trecho da BR 101 Norte entre a atual divisa e o Rio Mucuri.
Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), anexado ao processo, sugere como solução para o impasse a partilha da área entre os dois Estados. O divisor seria a BR 101 ou uma estrada que sai de Nova Canaã (na atual divisa) até o Rio Mucuri. A porção oeste ficaria para a Bahia, e a leste para os capixabas.
Pesa contra a decisão o fato de que outros Estados que enfrentam situação semelhante, segundo a direção nacional do IBGE, ainda não terem conseguido uma solução. A própria Bahia questiona sua divisa com Pernambuco.
As polêmicas não terminam nem se a área for conquistada. Não está definido, por exemplo, que município capixaba absorveria a nova área. Hoje, Pedro Canário e Conceição da Barra fazem limite com a Bahia. "Poderia ser divido entre eles", pondera Ribeiro. Outra alternativa seria criar um novo município.
Fonte: Gazeta on line
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